Transcription Vinicius Melo - Portuguese
Vinicius Melo é estudante da Universidade Católica de Pernambuco (Brasil). Em 2024, ele veio para Antuérpia por três meses para participar de uma pesquisa-ação participativa sobre o espaço público em Borgerhout, utilizando a metodologia do “countermapping”. Ele realizou esse trabalho junto com estudantes da Universidade de Antuérpia e da Universidade Anton de Kom de Paramaribo, no Suriname, sob a orientação do ISTT, uma iniciativa da Faculdade de Ciências do Design com o apoio da USOS.
Superdiversidade em Borgerhout, Antuérpia
O que significa conexão global para mim a partir da minha experiência com a USOS e a Universidade de Antuérpia, é a possibilidade de criar pontes entre diferentes culturas, realidades e modos de pensar. Durante os três meses que passei na Bélgica, tive o privilégio de estar em contato com estudantes e professores de várias partes do mundo. Juntos, dentro do projeto de pesquisação participativa em Borgerhout, produzimos trabalhos significativos que deram voz às histórias e perspectivas locais de uma maneira inovadora. Esse processo nos levou a compreender a história de Borgerhout nas experiências vividas por seus moradores, revelando a Superdiversidade do bairro e a importância do contato intercultural.
Troca e colaboração com a comunidade local
Essa vivência me mostrou que a arquitetura e o urbanismo, áreas que me apaixonam, não se limitam às fronteiras geográficas. Pelo contrário, são construídos a partir da troca, do diálogo e da empatia, valorizando a colaboração e o trabalho em equipe. Conexão Global, para mim, é justamente essa rede de aprendizado e colaboração que ultrapassa barreiras e transforma tanto o nosso olhar profissional quanto pessoal, nos impulsionando a criar espaços mais inclusivos e justos para todos. As sementes que foram plantadas durante a minha experiência com a USOS e a Universidade de Antuérpia são principalmente as da colaboração, da valorização da diversidade e de um olhar mais humano para o urbanismo. Desde a minha formação, sempre acreditei na importância de diferentes perspectivas na busca por soluções criativas em conjunto. Na Bélgica, essa crença foi intensificada. Ao trabalhar em projetos como os Counter Maps de Borgerhout, eu aprendi o quanto diferentes perspectivas culturais enriquecem a forma como pensamos e projetamos as cidades. Com a equipe interdisciplinar, pude perceber como a história de um bairro é feita de narrativas individuais, como espaços públicos podem criar fronteiras invisíveis e como as necessidades de gênero e de áreas verdes vão muito além do óbvio.
Conectar comunidades
Essas sementes eu quero cultivar trazendo essa experiência de volta para o Brasil, aplicando esse olhar mais humano, inclusivo e sustentável, na minha formação em arquitetura e urbanismo. Meu objetivo é que, no futuro, essas sementes cresçam em projetos que conectem comunidades, que promovam espaços mais justos e acolhedores e que se fortaleçam a ideia de que o conhecimento deve ser sempre construído de forma coletiva e global, como pude vivenciar essa experiência única. Gostaria de fazer um agradecimento especial aos professores da Bélgica, que foram meus mentores por todo o empenho, cuidado e atenção que tiveram e, claro, a USOS e a Universidade de Antuérpia, por me proporcionarem essa experiência transformadora. Para mim, Conexão Global é isso, unir pessoas, ideias e culturas para construir juntos um mundo mais justo e humano.
Transcription Vinicius Melo - English
Vinicius Melo is a student at the Catholic University of Pernambuco (Brazil). In 2024, he came to Antwerp for three months to participate in participatory action research on public space in Borgerhout, using the “countermapping” methodology. He carried out this work together with students from the University of Antwerp and Anton de Kom University in Paramaribo, Suriname, under the guidance of ISTT, an initiative of the Faculty of Design Sciences with the support of USOS.
Superdiversity in Borgerhout, Antwerp
Based on my experience with USOS and the University of Antwerp, global connection means the possibility of building bridges between different cultures, realities and ways of thinking. During the three months I spent in Belgium, I had the privilege of being in contact with students and teachers from various parts of the world. Together, within the participatory research project in Borgerhout, we produced meaningful work that gave voice to local stories and perspectives in an innovative way. This process led us to understand the history of Borgerhout through the experiences of its residents, revealing the superdiversity of the neighbourhood and the importance of intercultural contact.
Exchange and collaboration with the local community
This experience showed me that architecture and urbanism, areas that I am passionate about, are not limited to geographical boundaries. On the contrary, they are built on exchange, dialogue and empathy, valuing collaboration and teamwork. For me, Global Connection is precisely this network of learning and collaboration that transcends barriers and transforms both our professional and personal perspectives, driving us to create more inclusive and equitable spaces for all. The seeds that were planted during my experience with USOS and the University of Antwerp are mainly those of collaboration, valuing diversity and a more human approach to urbanism. Since my training, I have always believed in the importance of different perspectives in the search for creative solutions together. In Belgium, this belief was intensified. Working on projects such as the Counter Maps of Borgerhout, I learned how much different cultural perspectives enrich the way we think about and design cities. With the interdisciplinary team, I was able to see how the history of a neighbourhood is made up of individual narratives, how public spaces can create invisible boundaries, and how the needs of gender and green spaces go far beyond the obvious.
Connecting communities
I want to cultivate these seeds by bringing this experience back to Brazil, applying this more humane, inclusive, and sustainable perspective to my training in architecture and urbanism. My goal is that, in the future, these seeds will grow into projects that connect communities, promote more equitable and welcoming spaces, and reinforce the idea that knowledge should always be built collectively and globally, as I was able to experience in this unique experience. I would like to give special thanks to the teachers in Belgium, who were my mentors, for all their commitment, care and attention, and, of course, to USOS and the University of Antwerp for providing me with this transformative experience. For me, Global Connection is about bringing people, ideas and cultures together to build a more just and humane world.